sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mudança de Casa

Este blog está deixando este endereço e migrando para um novo lar na Cúpula Blogs! Atualizem o endereço:

http://www.cupulablogs.com/escritordemeiapataca/

Este endereço ainda será mantido como histórico, mas todos os novos posts estarão por lá! Acessem!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Conto: Reflexões - Parte 003

Terceira parte da história. Algumas explicações




Entrei em casa finalmente e joguei as chaves do carro na mesa de centro, sem acender a luz. A chave acabou escorregando e indo parar no chão, de tanto que eu ainda tremia.

Desabei no sofá e conferi meu relógio de pulso. Meia-noite e quarenta e cinco. Num dia normal já era pra eu estar na cama de velho, mas tava pouco me fudendo pra isso. Certeza que não ia trabalhar no dia seguinte - o Rei disse que ligaria avisando do acidente e do assalto. E duvido que ele fosse além disso.

Meme da Leitura

Recebi da Juliana este meme sobre leitura já há um tempinho (perdão pelo atraso!).

Eu gosto de memes, eles são uma forma interessante de socialização entre os blogs. Uma vez que o objetivo deste blog é principalmente divulgar meus contos, não caberia colocar um meme aqui, contudo este me pareceu peculiarmente apropriado ao tema. Então vamos começar:

Regras do meme:
1 – Deixar o link da pessoa que te indicou o selo;
2 – Responder as perguntas abaixo;
3 – Indicar mais 7 blogs para receber este selo;

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Conto: E Então Comecei a Chorar

Essa é uma história menos fantástica e mais emotiva - triste, para falar a verdade. Eu tomei certas liberdades com o processo médico de transplantes para atender a história.



Foi por acaso que eu ouvi aquela conversa, juro! Aliás, antes nunca tivesse ouvido.

Eu não tinha me dado conta que meu queixo estava caído. Já tinha ouvido falar da expressão de ter o chão roubado, mas achava que era um exagero, uma licença poética. Mas a sensação física era idêntica - o frio repentino na barriga, as pernas bambas, o desespero incondicional. Era a mais pura verdade, os poetas não mentiram.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Conto: A Cova

Esse conto também é mais antigo (daí também eu achar ele mais "cru" que os mais recentes), eu escrevi para uma antiga lista de discussão sobre literatura aonde trocávamos nossas criações. Esse é um pouco mais o meu nicho, o terror - embora ele tende mais para o lado de angústia do que de "sustos".



Jovens pés desnudos tocavam o solo úmido e escuro como seda roçando em um antigo tapete. A longa túnica branca arrastava-se lentamente por entre pedras e galhos podres. A lua minguante emprestava seu brilho tosco aos olhos dela, olhos azuis como dois brilhantes diamantes em uma caverna escura. Seu alvo rosto infantil, entrecoberto pelos louros cabelos cacheados, estampava uma sinistra paz enquanto as lápides de mármore branco ficavam para trás. Apenas o alto da colina e sua árvore seca ainda preenchiam sua visão.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Conto: Reflexões - Parte 002

Segunda parte da história. Agora sim as coisas começam a ficar interessantes.



E tudo começou tão inocente como poderia ser, obviamente numa quinta-feira. Além da galera de sempre, o Abreu do Comercial e a Janete, a nossa secretária (que era quase um "mano" da turma, sem frescura nenhuma), bebiam com a gente já havia uns quarenta minutos. Às seis em ponto, feito Ave Maria, chega o Batoré esbaforido e suado, entregando o carro pro manobrista.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Conto: O Azul e O Vermelho

Tive a ideia dessa maluquice conversando com um vizinho coisa de vinte anos atrás (sim, vinte anos de verdade, foi lá em 1990) e fui botar em prática mesmo alguns anos atrás. Prometi ao Schias e ao Andrade (da Kombo Podcasts, da qual faço parte) tentar converter isso em podcast, e o farei em breve, mas como já tinha divulgado antes internet afora, não vejo mal algum em colocar por aqui.


Estou colocando também o link para a versão Google Docs do conto, com a formatação original planejada - incluindo algumas piadas visuais e comentários. Mas tentei fazer o melhor possível com o lay-out do próprio blog (as notas de rodapé originais podem ser lidas passando com o cursor sobre os símbolos no meio do texto).


Não tenho ainda muita experiência em escrever humor, mas foi uma tentativa. Fica como singela homenagem a dois super-heróis muito conhecidos!


O Azul e o Vermelho


Aviso aos leitores:
Não é nossa intenção, de forma alguma, desrespeitar a lei internacional de direitos autorais sobre propriedade intelectual. Esta produção não visa, sob nenhum aspecto, o ganho de lucro ou de nenhum tipo de vantagem sócio-econômico-cultural. Este conto é um mero exercício de imaginação, devendo também ser ignorado para fins de cronologia de ambos os personagens. E A O D F. Impresso pela Associação Nacional de Oftalmologia.

Posto Alfandegário do Novo México – Terça-feira, 22:25

A noite transcorria vagarosa como só a própria noite poderia transcorrer.

Claro, Eduard Stalts gostaria de arrancar com as mãos nuas as amígdalas de qualquer pessoa que lhe afirmasse isso neste momento. Não que isso fosse grande coisa, já que ele gostaria de arrancar com as mãos nuas as amígdalas de qualquer um que porventura viesse a ter qualquer tipo de contato social com ele. Seu psicanalista dizia tratar-se de um raríssimo e complexo caso de distúrbio pseudo-projecionista sobre a operação de retirada das amígdalas de sua irmã mais velha, quando ele tinha apenas seis anos.

Stalts quis lhe arrancar as amígdalas.